Máscaras afro-índias

Num grande número de sociedades, seja na Ásia, na África ou na América do Norte, a máscara é ainda uma das principais expressões artísticas que possibilitou uma grande variedade de formas, de materiais e de estilos.

A descoberta da máscara africana por alguns intelectuais e artistas europeus no início do século 20 teve um papel preponderante na história da arte moderna. A Europa importou uma quantidade impressionante de peças em suas galerias e museus, considerando na maioria das vezes unicamente a cabeça de madeira esculpida, mutilando-a do seu costume.

Utilizando unicamente sua visão da arte da escultura, o Ocidente sempre estudou a máscara na sua dimensão estética e artística, ignorando sua função no seio da sociedade que a cria e que a utiliza dentre de um conjunto de atos sacramentais que assuram assim seu equilíbrio, objeto de uma eterna busca. De todas as formas de relacionamentos que o homem desenvolve com si próprio, com seus semelhantes ou com o mundo, a máscara sempre esteve presente.

Na América do Norte, muitas máscaras possuem cabelos e têm frequemente, no interior, um ponto de apoio fixado à altura do lábio superior. Este apoio permite ao dançarino de segurar a máscara com os dentes, para que ele possa utilizá-la ou escondê-la rapidemente e discretamente sob seu costume, para interpretar simultaneamente seu próprio papel ou o da máscara.

Máscaras bordadas


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